Vista panorâmica de Baixio - CE
Segundo a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), o Ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas.
Das diferenças existentes entre o turismo comum (clássico) e o ecoturismo (turismo ecológico) ressalta-se que enquanto no turismo clássico as pessoas apenas contemplam estatisticamente o que elas conseguem ver sem muita participação ativa, no ecoturismo existe movimento, ação e as pessoas, na busca de experiências únicas e exclusivas, caminham, carregam mochilas, suam, tomam chuva e sol, tendo um contato muito mais próximo com a natureza. O ecoturismo ainda se diferencia por passar informações e curiosidades relacionados com a natureza, os costumes e a história local o que acaba possibilitando uma integração mais educativa e envolvente com a região.
O volume de recursos necessários para a implantação do ecoturismo varia conforme o tamanho do município, da área a ser utilizada e da disposição da administração e da população locais. A curto prazo pode ser feita a cobrança de ingressos em algumas atrações turísticas. Nesse caso, podem ser aplicadas tarifas diferenciadas para turistas estrangeiros, e para as diferentes atividades a serem desenvolvidas nos locais (esportiva, científica, etc.). Isto exigiria a adaptação dos serviços de promoção do turismo (hotéis, agências, restaurantes, atividades esportivas e culturais) a uma gama de turistas bastante heterogênea economicamente.
Trilha na caatinga no município de Picuí - PB (exemplo de exploração ecoturística local)
Trilha na caatinga no município de Picuí - PB (exemplo de exploração ecoturística local)
Embora todo município possua condições de implementar sozinho algum tipo de atividade turística, algumas questões correlacionadas não podem ser resolvidas unicamente na esfera municipal.
Alguns municípios possuem atrações turísticas, mas não a infra-estrutura necessária para o turismo. Por isto é importante atentar para o enfoque regional dos problemas: municípios vizinhos, sem atrações turísticas, podem ter a infra-estrutura necessária para permitir esta atividade.
Inserida totalmente em área de caatinga, a Mesoregião do Centro-Sul cearense engloba 14 municípios divididos em 3 microregiões (Iguatu, Lavras da Mangabeira e Várzea Alegre).
Vários são os atrativos ecoturísticos que poderiam ser explorados, todavia essa exploração não é evidenciada principalmente pelo "não despertar" dos órgãos competentes para a inserção e ampliação do setor na região.
De forma isolada, o turismo da mesoregião Centro-Sul do estado ainda teima em querer respirar, mas sem o oxigênio necessário ao seu desenvolvimento.
Opções não faltam: Trilhas na rica área de caatinga arbustivo-arbórea preservada em Cedro, excursões à Serra das Pombas em Baixio e Serra do Padre em Icó com seus 700 m de altitude, mergulhos nos açudes do Trussu em Iguatu e Orós, visita ao Boqueirão de Lavras da Mangabeira e sua caverna quase que desconhecida, além de várias outras ofertas da natureza ainda não exploradas.
Vista aérea do açude do Trussu em Iguatu - CE
Aspecto da Serra do Padre em Icó - CE (Divisa CE/PB)
Os municípios brasileiros, em sua maioria, possuem atrativos para se tornarem pólos ecoturísticos. Mas além da disposição do município em implantar o ecoturismo, a existência de serviços e infra-estrutura (hotéis, pousadas, estradas, telefone, etc.) é uma pré-condição a ser observada.
A visível falta de vocação da região para o ecoturismo não pode portanto ser anarquizada. É retrato de políticas antigas colocadas ainda em prática. É fruto de inobservâncias e falta de visão futurística, de planejamento organizacional, de investimento e confiança no setor privado. Falta capacitação, elucidação, visão ampla e antes de tudo: boa vontade dos gestores dessa área, uma das que mais cresce no Brasil e no planeta.
A visível falta de vocação da região para o ecoturismo não pode portanto ser anarquizada. É retrato de políticas antigas colocadas ainda em prática. É fruto de inobservâncias e falta de visão futurística, de planejamento organizacional, de investimento e confiança no setor privado. Falta capacitação, elucidação, visão ampla e antes de tudo: boa vontade dos gestores dessa área, uma das que mais cresce no Brasil e no planeta.
Adorei esse post que fala sobre a minha terrinha: Iguatu!!
ResponderExcluirSou Hadassa Rodrigues - Guia Regional de Turismo da Paraíba. Faço parte da empresa Irmãos em Trilhas aqui de Campina Grande. Sou condutora de Trilhas, instrutora de técnicas verticais. Nessa empresa trabalhamos especialmente com Trilhas de Aventura e Rapel. Estivemos uma vez em Iguatu e fizemos rapel dentro da cidade, apesar de nosso foco ser o meio natural, mas mesmo assim fizemos Rapel na torre da igreja do Prado. Foi muito interessante e divertido. Convidamos alguns dos moradores locais para participar da atividade gratuitamente, afinal estávamos apenas passando as férias de final de ano.
Temos um site e um blog com nossas atividades e contatos..gostaria muito de ter o seu contato Sr. João Tavares! Quem sabe não faremos uma visita a esses locais mencionados nesse post.
meus contatos:
www.irmaos-em-trilhas.tur.br
irmaos-em-trilhas.blogspot.com.br
irmaosemtrilhas@hotmail.com
Estou no aguardo para combinarmos algo!