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"Infelizmente é Lavras o município onde a política estendeu, com maiores consequências, os seus tentáculos e a sua voracidade sobre todas as energias locais". (L. Costa Andrade)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Um grito em defesa dos Ecossistemas do Cariri
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sábado, 23 de outubro de 2010
Algodão: A Nostalgia da Época do Ouro Branco em Terras Semiáridas
A colheita, no município de Lavras por exemplo, chegava anualmente (década de 70) ao aprecíavel rendimento de 15 mil toneladas. Nossa região viveu o apogeu econômico entre as décadas de 60 e 70 justamente quando o algodão era a cultura mais representativa. Viveram-se dias de glória, de abundância, de mesa farta... Depois veio o declínio e ninguém mais banhava os cavalos com cerveja, nem mais lograva de posição social por ser proprietário, nem era chamado de coronel por abastecer a cooperativa dos preciosos novelhos brancos. O sonho da riqueza foi substituido pela utopia da migração e nossos trabalhadores do cultivo algodoeiro foram parar em São Paulo. Hoje, mutios deles ainda resistem, amparados por políticas sociais humilh antes e desencorajadoras, que fazem com que o sertanejo, o cabra bom de roça, se ausente do prazer de ter em suas costas uma bolsa cheia de algodão, para ter uma BOLSA FAMÍLIA que o indignifica e o retrograda a cada dia...
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Os Ambientalistas Instantâneos
Na tentativa de cortejar quase 20 milhões de eleitores da candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) decidiram abraçar a causa verde no segundo turno. Mas a preocupação com o meio ambiente passou ao largo da propaganda eleitoral da petista e do tucano no primeiro turno.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Um pouco sobre a polítca ambiental pós-eleições no Brasil e em Lavras
Os 135 milhões de brasileiros que foram às urnas neste domingo (3) tinham nas mãos a maior biodiversidade do planeta e a responsabilidade de escolher governantes preocupados com a temática. Entre os principais desafios brasileiros estão: reverter a derrubada de florestas, garantir meio ambiente saudável nas pequenas e grandes cidades e aliar crescimento econômico com preservação.
Principal vitrine natural do país, a Amazônia já perdeu mais de 15% da cobertura florestal original. Em 2009, a taxa anual de desmatamento da região, medida pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi a menor dos últimos 20 anos, o que ainda representou 7,4 mil quilômetros quadrados (km²) de floresta derrubada em 12 meses.
No Cerrado, a situação é mais crítica. O bioma já perdeu quase metade de sua vegetação original, principalmente para dar espaço à formação de pastos, áreas agrícolas e produção de carvão. Por ano, o Cerrado perde 14 mil km² de cobertura nativa, segundo cálculo do Ministério do Meio Ambiente.
Os números mais recentes do desmatamento da nossa Caatinga mostram que 45% do bioma já foi derrubado. Apenas entre 2002 e 2008, a região perdeu 16,5 mil km², área equivalente a metade do estado de Alagoas.
No Sul, o Pampa também está ameaçado, e atualmente está reduzido a 46% de sua área original, com 95 mil km² de vegetação derrubados até 2008, segundo o Ministério do Meio Ambiente.
Fora das florestas, os números também apontam desafios ambientais compatíveis com o tamanho do país. Depois de quase 20 anos em tramitação no Congresso Nacional, a Política Nacional de Resíduos Sólidos terá agora que ser implementada. Com a sanção da lei, o Brasil passou a ter um marco regulatório na área de resíduos sólidos. O texto prevê mecanismos para reverter, por exemplo, o baixo nível de coleta seletiva no país – apenas 8% dos municípios brasileiros têm o serviço – e a má destinação do lixo.
Nas negociações ambientais internacionais, no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil tem o desafio de conseguir ser um dos mediadores entre os países ricos e os pares emergentes para garantir a preservação da biodiversidade e, em outra frente, tentar chegar a um novo acordo sobre redução de emissões de gases de efeito estufa.
Esperemos agora as próximas eleições, daqui a dois anos para prefeito e vereadores. Esperemos também, anciosos, que durante estes dois anos e alguns meses que ainda restam deste pleito em Lavras, possa ser feita alguma coisa em favor da causa ambiental e da educação.
Colecionadora de uma grande quantidade de atitudes deselegantes, a atual prefeita municipal de Lavras da Mangabeira conseguiu ainda mais aumentar seus índices estatísticos de hostilidade com a população. Um desrespeito sem tamanho com o povo tão sofrido, desta terra que padece diante de tanto despreparo político coronelístico e feudal. Não se admite um descaso tão grande com a educação, ao ponto de se cortar o combustível do transporte escolar da zona rural, em virtude de indignação pessoal da excelentíssima gestora com o povo de sua terra, que começa de vez a dar o troco a esta forma de governo perversa e hostil.
João Tavares Calixto Jùnior é Biólogo, Mestre em Ciências Florestais, Professor de Botânica e Saúde Ambiental da Faculdade Santa Maria - PB e de Biologia da Escola Alda Férrer em Lavras.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Lavras terá Workshop sobre Ações Prioritárias para Conservação do Boqueirão
Lavras da Mangabeira poderá de uma vez por todas ver protegido o seu maior patrimônio natural: O Boqueirão. Trata-se da apresentação de um Workshop sobre estratégias a serem seguidas para criação da Unidade de Conservação que envolve o Boqueirão, e a importância da preservação de sua biodiversidade. O evento, ainda sem data marcada para acontecer, realizar-se-á na Câmara Municpal e deverá contar principalmente com a participação popular, entidades não governamentais, escolas, líderes políticos, poder público municipal, representantes da sociedade civil e ONGs até de municípios circunvizinhos.
O Objetivo é sensibilizar a todos sobre a necessidade de se ter naquela área, um espaço preservado e administrado pelo poder público federal, onde práticas de educação ambiental, pesquisa científica, valorização cultural e ecológica da vida silvestre sejam resguardadas para as populações locais e regionais, podendo ser abertas ou não à visitação com intuito de lazer, de acordo com o tipo de unidade a ser criada.
Atualmente 10 projetos para criação de novas Unidades de Conservação na Caatinga estão em trêmite segundo o governo federal, nas quais 7 são de proteção integral, 2 de uso sustentável e 1 ainda não definida.
Estão sendo investidos no ano de 2010 o valor de R$ 200 milhões para a implementação dessas novas áreas e a expectativa é que haja um aumento de 761.658 ha (0,92% do bioma) para 2.466.037 ha (2,98%) das áreas de Caatinga conservadas. Os principais projetos são para o Parque Nacional da Serra Vermelha e Amplliação da Serra das Confusões (PI), o Monumento Natural dos Canyons do São Francisco (AL, SE e BA), Parque Nacional do Boqueirão da Onça (BA), Parque Nacional Dunas do Sçao Francisco (BA) e Parque Nacional Serra do Teixeira (PB).
Esperamos que após a apresentação do Workshop, que priorizará a divulgação dos resultados de estudos realizados desde o ano de 2006, e a importância do "porque preservar o Boqueirão", tenhamos ferramentas de convencimento, para que se abra processo licitatório para contratação de empresa pública especializada em realizar o projeto técnico que será o ponto culminante para a criação da UC, e que representará grande vitória para os Lavrenses que virão seu bestial cartão postal caatingueiro ser mostrado pro mundo como dádiva da persistência, um oásis em um torrão um tanto quanto "negligenciado".
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Dia da Árvore na Terra de São Vicente...
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Temperatura na Região Semiárida aumenta mais que a média mundial
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Onde estão as Mangabeiras de Lavras da Mangabeira?
Foto: Fernando Tatagiba
A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) é uma árvore frutífera de clima tropical, nativa do Brasil e encontrada em várias regiões do País, desde Tabuleiros Costeiros e Baixadas Litorâneas do Nordeste, onde é mais abundante, até os cerrados das regiões Centro-Oeste, Norte e Sudeste. Apresenta frutos aromáticos, saborosos e nutritivos, com ampla aceitação de mercado, tanto para o consumo in natura, quanto para a indústria.
Foto: Fernando Tatagiba
Já que não se pode ignorar a homenagem batizada há tanto tempo e imortalizada, que pelo menos se plante a espécie em nossos fincões, e que seja divulgada como sendo de importância histórica e cultural, pra que um dia possamos falar de suas vantagens ecológicas e se lambuzar com o delicioso doce de sua fruta retirada do pé em frente a calçada de casa.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Os dez anos mais quentes do milênio
Sobre o artigo:
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
O Uso do "SAP" para o Combate à Desertificação no Semiárido.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Nossa Flora em Chamas: Boqueirão de Lavras pactua com aumento de 85% dos focos de incêndio no Brasil.
Aspecto da Composição Florística da Serra do Boqueirão de Lavras (Antes e após incêndio)
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Lavras: Política Municipal de Educação Ambiental completa 1 ano (de esquecimento)!
A problemática está na ação (ou omissão) dos que realmente deveriam dar execução ao projeto (PODER EXECUTIVO), já que a parte primordial já tinha sido feita pelo Legislativo (A LEGISLAÇÃO). Na teoria seria tudo muito bonito, o legislativo legislando (fazendo a lei) e o executivo executando-a. Acontece que até agora nada foi feito pela atual gestão municipal que virou as costas para os problemas ambientais do município.
Se já não bastasse todo o imbróglio vivido pela educação municipal (INGERÊNCIA ADMINISTRATIVA, ATRASO NO PAGAMENTO AOS PROFESSORES E MOTORISTAS DO TRANSPORTE ESCOLAR, DISCUMPRIMENTO DA LEI DO PISO, DESVALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO, INOPERÂNCIA DE PCC, IRREGULARIDADES NA MERENDA ESCOLAR, FECHAMENTO DE ESCOLAS NA ZONA RURAL, ENTRE OUTROS), temos que conviver agora com todo esse descaso para com o meio ambiente.
sábado, 17 de julho de 2010
Extração de areia do Rio Salgado: Isso é bom ou ruim?
A retirada de areia do leito e das margens do Rio Salgado está provocando uma drástica devastação de sua qualidade e de suas características gerais. O fato é que a extração ao longo dos seus meandros, que acarreta a formação de portos de areia, está provocando inúmeras mudanças no seu curso natural, aprofundando o leito central, criando braços mortos, alargando suas margens e baixando rapidamente o nível da lâmina d'água. Essas alterações ainda podem provocar outros problemas, como o descobrimento do sistema de captação de água das cidades banhadas pelo mesmo, além da diminuição da velocidade das águas e da capacidade de dispersão de poluentes e detritos, aliado a um completo descontrole de sua vazão. A reação do Rio a essas mudanças ocorre de forma em que fauna e flora aquáticas vão se adaptando aos poucos às novas condições ambientais.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
A Morte do Rio Salgado - Por Luiz Domingos de Luna*-
Urge assim, que iniciativas como a do renomado pesquisador e biólogo caririense João Tavares Calixto Júnior, seja, Praza Deus! Uma constante, a todos nós biólogos e estudiosos dos fragmentos de uma bola por enquanto – Ainda azulada – Planeta Terra.
(*) É colaborador do blog de Lavras
terça-feira, 29 de junho de 2010
O Nascimento da Consciência Ecológica
Por: Luiz Domingos de Luna*
O cheiro dos seres humanos é algo muito forte, via de regra, usamos os nossos sentidos como janelas para o mundo individual, de fato, a silhueta do homo sapiens corrobora para a o egocentrismo do nosso ser, nós somos meros captadores e consumidores de meio externo, porém, não há uma preocupação com a natureza, até parece, que esta despreocupação está timbrada no nosso DNA, em prosseguimento, as formas sociais vão desenhando o espaço pensamental de cada um, pois, vive-se numa eterna fábrica de seres humanos, ou desumanos, o circulo cultural permeado, tem um potencial modificador, capaz inclusive, de mascarar o direcionamento biológico na conspiração cotidiana de destruição do espaço, ao custo de reclames da mãe natureza, a chorar eternamente em berço esplêndido. Por enquanto e até quando?
O Contrato Social é a base, ou motor primeiro, para a harmonia do homem no espaço tempo, vez que, um contrato obsoleto cria sempre a preocupação com o substrato dos seres humanos na fixação no planeta terra, masmorras para sociedade, ou presilhas inoportunas, que inviabilizam a harmonia na floresta humana e, na maioria das vezes, um deserto árido para o meio ambiente.
O Nascimento pleno da consciência ecológica nasce, quando o ser humano for capaz de colocar a sua objetiva para o mundo exterior, observar a paisagem existencial geográfica, observar que o disforme ecológico, é uma coletânea dos disformes individuais e sociais, a elasticidade do tempo, esta geléia vai ganhando corpo, solidez e unicidade. É este monstro que assusta a sociedade e a coletividade humana como um todo - O Homem como o centro de destruição do planeta terra.
Falta ao ser humano o pigmento radioativo do bem comum, em todas as suas dimensões, desde o menor tecido sociológico ao maior.
Desde o mais frágil ecossistema(...)
Enquanto não existir uma conscientização de contrato social que dê a legitimidade, a legalidade as inúmeras espécies que formam a variante do conjunto da totalidade, do todo em partes, da biodiversidade existencial, das forças internas presente em cada um, para a disposição, da aptidão do estar sempre a serviço do bem comum e, do crescimento com sustentabilidade ecológica, por que no final das contas, somos a massa humana planetária em movimento, num carrossel giratório, na roldana deste tapete tortuoso – todo planeta sofre, se abala e chora.
(*) Professor- Aurora -Ceará
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Festas Juninas: Enquanto se festeja a vida, a natureza lamenta a morte.
Um mês inteiro em que as pessoas se confraternizam, numa época de fartura, tendo em vista que corresponde a época da colheita do milho e do feijão. Neste período ocorrem os festejos juninos, onde tem forte expressão a queima da lenha em fogueiras que são acesas principalmente nas datas comemorativas do Dia de Santo Antonio (13/06), São João (24/06) e São Pedro (29/06).
Há mais de 2000 anos, por exemplo, quando estas festas ocorriam inicialmente como um culto do paganismo romano, posteriormente adaptado como um culto católico, a pressão sobre os recursos naturais era muito baixa, os avanços científicos eram incipientes e a população mundial, segundo a enciclopédia Britânica, era de aproximadamente 300 milhões de habitantes.
Atualmente a população do planeta chegou a 6,5 bilhões de habitantes, com um desenvolvimento tecnológico e industrial inimaginável, resultando em forte pressão sobre os elementos naturais, degradando o meio natural e com a produção de resíduos artificiais.
No caso da região de clima semiárido um grave problema ambiental, além da pobreza é o desmatamento da vegetação nativa, em termos gerais inexistem ações voltadas para o manejo da caatinga.
A madeira proveniente dos desmatamentos vai alimentar fornos de olarias, padarias, siderúrgicas; para o cozimento de alimentos, aquecimento de ambientes; como material de construção, incluindo estruturas de madeira, produção de móveis e utensílios domésticos e objetos de arte.
O período junino alimenta fogueiras. Diante do perigo de desertificação a que está sujeito o semiárido é preciso repensar este hábito milenar com base na ética da sustentabilidade ambiental, tendo em vista que no século XXI precisamos pensar em alternativas que causem menores impactos ambientais.
No município de Lavras da Mangabeira uma fogueira tem um volume médio de madeira empilhada de
As espécies mais utilizadas no município para se confeccionar a fogueira são Catingueira (Caesalpinia pyramidalis Tull), Jurema-Preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.), Mofumbo (Combretum leprosum Mart), Marmeleiro (Croton sonderianus Muell. Arg.).
As florestas têm um importante papel na manutenção da vida: influem no clima, tornando-o mais ameno; conservam as fontes de água, favorecem que as águas da chuva infiltrem e ocorra menor erosão do solo; diminuem a velocidade dos ventos. Servem de abrigo e alimentação para os animais terrestres e alimentação para os aquáticos; aumenta a fertilidade natural do solo. Além de ser espaço para o lazer.
A falta de uma cultura que valorize o replantio de árvores tem causado sérios problemas ambientais para o semi-árido, por exemplo, Segundo Maia, (2004) “o nosso sertanejo não se preocupou em repor essas árvores, porque pensou que ‘no mato tudo cresce sozinho, não é preciso plantar mato’. Ele continuou apenas colhendo durante várias décadas. Isso, junto com o sobrepastoreio pelos rebanhos, levou ao empobrecimento da vegetação nativa que se encontrava na propriedade dele. Vinte ou trinta anos depois quando seus filhos queriam construir uma casa para sua família não tinha mais madeira de aroeira ou outra espécie adequada nas dimensões desejadas”.
Se for impossível abrir mão desta tradição sugere-se as seguintes alternativas para minimizar o uso de lenha no período junino: fogueiras comunitárias (sem aumentá-la de tamanho!), Fogueiras com material de demolição (restos de construção) e uma maquete de fogueira.
Façamos a nossa parte por uma caatinga menos devastada!
“SE TIVÉSSEMOS CONSCIÊNCIA DO TEMPO QUE A NATUREZA LEVA PARA SE RECUPERAR DO MAL CAUSADO PELA RETIRADA INDISCRIMINADA DE LENHA, PRECISARÍAMOS DE UM MOTIVO MAIOR QUE A TRADIÇÃO PARA QUEIMAR FOGUEIRAS”