Nasceu Vicente Pinto Teixeira (Monsenhor Vicente Pinto) em terras da Venda, aos 19 de julho de 1856, sendo o primeiro filho do lugar, na ordem do tempo, a tomar assento na Assembleia Legislativa do Ceará.
Era o terceiro filho do Capitão Antônio Pinto Teixeira e Maria de São José Tavares, filha do Alferes João Luiz Tavares.
Foi levado à pia batismal aos 5 de setembro do mesmo ano de seu nascimento na Capela de São Benedito na Povoação da Venda pelas mãos do seu tio materno, o Padre José Luiz Tavares.
Entrou para o Seminário aos 16 de março de 1871 (matrícula nº 226), onde recebeu do Bispo Dom Luis Antônio dos Santos (1º Bispo do Ceará) o subdiaconato aos 23 de novembro de 1879 e o diaconato em 30 do mesmo mês e ano. Aos 7 de novembro de 1880 ordenou-se sacerdote no seminário da Prainha em Fortaleza, cidade onde posteriormente exerceria a função de professor da Cadeia Pública (em substituição ao Padre Vicente Salazar da Cunha), Vigário Geral e Governador interino do Bispado do Ceará. Foi Coadjutor de Barbalha e Vigário de Trairi e Aratuba. Não aceitou a nomeação para coadjutor de Várzea Verde (11 de janeiro de 1881), tendo voltado à sua terra natal. Aos 10 de março de 1904, recebeu o título de Monsenhor, e aos 9 de maio do mesmo ano, foi nomeado Fabriqueiro da Sé, na Capital, em substituição ao Padre Francisco de Assis Pinheiro. Regeu interinamente a igreja do Coração de Jesus enquanto o Monsenhor Xisto Albano viajava à Palestina e Roma. Foi Vigário Geral interino de Fortaleza a 19 de julho de 1903. Governou o Bispado em 1914.
Veio a falecer em 1941, aos 19 de setembro, após ter sido elegido a Monsenhor e ter sido eleito Deputado no período republicano à Assembleia cearense por quatro sucessivas legislaturas (1897 a 1900; 1901 a 1904; 1905 a 1908 e 1909 a 1912), embora com atividade política calcada no ciclo provincial. Foi vice-presidente da Assembleia em 1909.
Em Aurora, serviu de cura até 1887, quando foi nomeado seu primeiro Vigário por provisão de 6 de julho de 1893, tomando posse no dia 30 seguinte. Fundou na terra que lhe serviu de berço, a Conferência de São Vicente de Paulo, e fez importantes reformas na Matriz do Menino Deus, assim como deu início à construção do cemitério público, ainda existente na Rua São Vicente em Aurora.
Extraído de: Venda Grande d'Aurora, Expressão Gráfica e Editora, Fortaleza, 2012, p. 39 -40.
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