No município de Lavras da Mangabeira muito se comenta a respeito da falta de esforço da Prefeitura Municipal em realizar obras de interesse da população. É discutido também, em rodas de conversas nos botequins e bares da cidade, como em toda cidade do interior que se preze, sobre algumas obras já realizadas, paradas, ou que ainda estão no papel.
Algo que sempre vem à tona é a implantação de um "Aterro Sanitário" no município, obra que seria responsável por resolução de parte dos problemas ambientais do município. Isto mesmo, Seria. Se fosse o trabalho colocado em prática como é na teoria, e se o aterro sanitário fosse realmente um aterro sanitário, e não um Lixão a Céu Aberto como é.
Segundo o IPT (1995) pode-se definir um aterro sanitário como sendo o método que utiliza princípios da engenharia para confinar resíduos sólidos a menor área possível e reduzí-los ao menor volume possível, COBRINDO COM UMA CAMADA DE TERRA na conclusão de uma jornada de trabalho ou a intervalos menores. É importante entendermos que na execução dos resíduos que chegam ao aterro, estes deverão ser separados de acordo com suas características e DEPOSITADOS SEPARADAMENTE. Antes do depósito o resíduo deve ser pesado com a finalidade de acompanhamento da quantidade de suporte do aterro. Os resíduos que produzem material percolado devem ser geralmente REVESTIDOS POR UMA CAMADA SELANTE, PROTETORA. Ainda segundo o IPT (1995) o aterro deve ser objeto de CONTÍNUO E PERMANENTE MONITORAMENTO para avaliar as obras de captação dos percolados e as obras de drenagem das águas superficiais, além de avaliar o sistema de queima dos gases e a eficiência dos trabalhos de revegetação.
Não se encontra neste aterro sanitário, portanto, nenhuma das características mencionadas, não se tendo notícias da ação de instrumentos de piezometria, controle de vazão, inclinômetro, dentre outros, essenciais para o funcionamento de um aterro sanitário de verdade. Não há separação de resíduos, nem muito menos nenhuma máquina para realizar o ATERRAMENTO sobre o lixo. O que é visto é a ação de cinco pessoas que dizem não terem vínculo nenhum com a prefeitura catanto lixo em condições desumanas. Cinco trabalhadores que saem das suas casas as 5 da manhã para submeterem-se à humilhante tarefa de separar lixo aproveitável, reciclável, para venderem posteriormente a outras cidades. Poderia-se muito bem ser implantada em Lavras da Mangababeira, uma COOPERATIVA DE CATADORES DE LIXO RECICLÁVEL, gerando emprego e renda à população da Terra de São Vicente Ferrer. É possível facilmente se implantar um projeto como ese, sendo que o valor conveniado para a implantação do projeto foi de R$ 800.000,00 vindo do Ministério da Saúde, com liberação para o município de R$ 160.000,00 em 11/01/2008 (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA -Acesso ao site: 04/01/2010).
Estejamos portanto, cientes de que estamos sendo tratados como desinformados, cegos ou burros diante de tantas ações não informadas, não esclarecidas. É lamentável ver que não existe plano de manejo e EIA-RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da obra (construção do aterro sanitário) em nosso município. Não existem também transporte apropriado, nem equipamento de proteção individual para os garis, além de não mais ser feito trabalho de poda nas árvores da cidade, tendo o morador que custear o trabalho de forma particular. Importante salientar que no ano de 2009 por exemplo, um total de R$ 544.107,86 foi repassado à empresa vencedora da licitação do lixo.
É muito engraçado quando se vai à praça próximo à Churrascaria Alpendre, no centro da cidade (Antiga pracinha das crianças), e se vê 5 containers coloridos para depósito de lixo selecionado. Ou seja: coleta seletiva sem a existência de antemão, de nenhuma campanha de conscientização, ou sequer um projeto que inclua esse tipo de ação, algo que chega a ser cômico.
Temos meramente o intuito de levar à população informações acerca dos problemas ambientais do município de Lavras da Mangabeira, sem interesse de denegrir a reputação de nenhuma pessoa que se sinta magoada por tais afirmações, que são baseadas e obtidas de fontes oficiais.
João Tavares Calixto Jùnior - Biólogo, Mestre em Ciências Florestais
(Professor da Escola Alda Férrer e da Faculdade Santa Maria - PB)
Algo que sempre vem à tona é a implantação de um "Aterro Sanitário" no município, obra que seria responsável por resolução de parte dos problemas ambientais do município. Isto mesmo, Seria. Se fosse o trabalho colocado em prática como é na teoria, e se o aterro sanitário fosse realmente um aterro sanitário, e não um Lixão a Céu Aberto como é.
Segundo o IPT (1995) pode-se definir um aterro sanitário como sendo o método que utiliza princípios da engenharia para confinar resíduos sólidos a menor área possível e reduzí-los ao menor volume possível, COBRINDO COM UMA CAMADA DE TERRA na conclusão de uma jornada de trabalho ou a intervalos menores. É importante entendermos que na execução dos resíduos que chegam ao aterro, estes deverão ser separados de acordo com suas características e DEPOSITADOS SEPARADAMENTE. Antes do depósito o resíduo deve ser pesado com a finalidade de acompanhamento da quantidade de suporte do aterro. Os resíduos que produzem material percolado devem ser geralmente REVESTIDOS POR UMA CAMADA SELANTE, PROTETORA. Ainda segundo o IPT (1995) o aterro deve ser objeto de CONTÍNUO E PERMANENTE MONITORAMENTO para avaliar as obras de captação dos percolados e as obras de drenagem das águas superficiais, além de avaliar o sistema de queima dos gases e a eficiência dos trabalhos de revegetação.
Não se encontra neste aterro sanitário, portanto, nenhuma das características mencionadas, não se tendo notícias da ação de instrumentos de piezometria, controle de vazão, inclinômetro, dentre outros, essenciais para o funcionamento de um aterro sanitário de verdade. Não há separação de resíduos, nem muito menos nenhuma máquina para realizar o ATERRAMENTO sobre o lixo. O que é visto é a ação de cinco pessoas que dizem não terem vínculo nenhum com a prefeitura catanto lixo em condições desumanas. Cinco trabalhadores que saem das suas casas as 5 da manhã para submeterem-se à humilhante tarefa de separar lixo aproveitável, reciclável, para venderem posteriormente a outras cidades. Poderia-se muito bem ser implantada em Lavras da Mangababeira, uma COOPERATIVA DE CATADORES DE LIXO RECICLÁVEL, gerando emprego e renda à população da Terra de São Vicente Ferrer. É possível facilmente se implantar um projeto como ese, sendo que o valor conveniado para a implantação do projeto foi de R$ 800.000,00 vindo do Ministério da Saúde, com liberação para o município de R$ 160.000,00 em 11/01/2008 (PORTAL DA TRANSPARÊNCIA -Acesso ao site: 04/01/2010).
Estejamos portanto, cientes de que estamos sendo tratados como desinformados, cegos ou burros diante de tantas ações não informadas, não esclarecidas. É lamentável ver que não existe plano de manejo e EIA-RIMA (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental) da obra (construção do aterro sanitário) em nosso município. Não existem também transporte apropriado, nem equipamento de proteção individual para os garis, além de não mais ser feito trabalho de poda nas árvores da cidade, tendo o morador que custear o trabalho de forma particular. Importante salientar que no ano de 2009 por exemplo, um total de R$ 544.107,86 foi repassado à empresa vencedora da licitação do lixo.
É muito engraçado quando se vai à praça próximo à Churrascaria Alpendre, no centro da cidade (Antiga pracinha das crianças), e se vê 5 containers coloridos para depósito de lixo selecionado. Ou seja: coleta seletiva sem a existência de antemão, de nenhuma campanha de conscientização, ou sequer um projeto que inclua esse tipo de ação, algo que chega a ser cômico.
Temos meramente o intuito de levar à população informações acerca dos problemas ambientais do município de Lavras da Mangabeira, sem interesse de denegrir a reputação de nenhuma pessoa que se sinta magoada por tais afirmações, que são baseadas e obtidas de fontes oficiais.
João Tavares Calixto Jùnior - Biólogo, Mestre em Ciências Florestais
(Professor da Escola Alda Férrer e da Faculdade Santa Maria - PB)